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H-orizontes

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11
Jun22

“O Grande Gatsby” – F. Scott Fitzgerald

Helena

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Este clássico da literatura americana tem por narrador Nick Carraway, a quem a promessa da prosperidade de Wall Street levou a que se mudasse para Nova Iorque, para trabalhar como corretor da bolsa.

Na vizinhança da sua pequena vivenda em West Egg, existe uma residência palaciana, cuja ostentação atrai pessoas da alta sociedade para as mais extravagantes festas. O seu dono, Jay Gatsby, é um homem charmoso que poucos conhecem. Mesmo aqueles que sabem quem ele é desconhecem as suas verdadeiras origens e o caminho que percorreu para construir a riqueza abismal que ostenta nas noites de folia.

Era costume que a casa de Gatsby fosse frequentada por celebridades que não eram convidadas: as pessoas apareciam e usufruíam das maravilhas que a mansão tinha para oferecer. No entanto, certo dia, Nick recebe um convite para uma das festas do galã, e fica fascinado pela sua figura jovial e afável. Com o passar do tempo, acabam por estabelecer uma relação de amizade, ainda que povoada pelo fantasma do passado incógnito de Gatsby. Nick apercebe-se de que as extravagâncias dos festins do milionário não passam de uma fachada de ostentação que esconde uma alma apaixonada que vive em função de um único sonho: recuperar o amor de Daisy, uma jovem que vive numa casa diametralmente oposta à dele, do outro lado do lago de Long Island. Para isso, conta com a ajuda de Nick e com a crença firme de que o passado é um sítio ao qual é sempre possível regressar.

Não consegui perceber o porquê de este ser considerado um dos maiores ícones da literatura americana do século passado. Dados os profusos elogios feitos por leitores ingleses à escrita de Fitzgerald, atribuo à tradução desta edição da Clássica Editora o motivo da minha desilusão.

Apesar de ter apreciado a história enquanto lia, assim que pousava o livro não conseguia lembrar-me do que tinha acontecido, como se não passasse de uma narração superficial de factos mais ou menos irrelevantes. A versão cinematográfica de O Grande Gatsby, por seu lado, pareceu-me muito mais expressiva e marcante na representação do desenrolar da ação. Nesse sentido, recomendo vivamente que se complemente a leitura do livro com a visualização do filme.

Assim, apesar de reconhecer que este livro encerra um retrato rico da sociedade novaiorquina dos Loucos Anos 20, com a euforia coletiva, o ricochete da lei seca e o enriquecimento por meios obscuros, não se traduziu numa experiência de leitura particularmente marcante.

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