O amor e as relações humanas
Como John Donne afirmou, "nenhum homem é uma ilha isolada". As relações interpessoais são essenciais para o equilíbrio emocional e para o bem-estar do ser humano. Entre elas, contam-se as relações amorosas, embora, como dita a célebre máxima, "nem tudo sejam rosas".
A paixão pode ser uma fonte de felicidade, de sonhos e um estímulo para a auto-superação. O amor é, frequentemente, a causa da mudança de comportamentos de um indivíduo. Podemos apontar o exemplo de Simão Botelho, personagem principal da novela passional "Amor de Perdição", jovem irreverente e sanguinário que, quando atingido pela seta do Cupido, se tornou um estudante exemplar.
Quando ama, o indivíduo descobre em si próprio capacidades que desconhecia, como a resistência a situações adversas, a criatividade e a persistência. Aprende a pôr-se no lugar do outro, a saber ouvir e a dar o melhor de si, sem que isso custe - dizem que "correr por gosto não cansa".
Paralelamente ao amor contretizado que desperta alegria nos apaixonados, surge o amor impossível, marcado pelo sofrimento. Esta paixão, ainda que seja, por vezes, correspondida, traduzir-se-á numa relação platónica, limitada pela impossibilidade da concretização física e condenada ao fim, mais tarde ou mais cedo. Estas relações foram retratadas ao longo dos tempos em várias e célebres obras: em "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, que narra a história de um amor impossibilitado pelas rivalidades entre as famílias dos apaixonados, por exemplo.
Em conclusão, o amor é um sentimento intrínseco à condição humana que, para além de felicidade, pode despertar dor e sofrimento no âmago daqueles que amam.